Povos de santo acusam governo de racismo institucional


Na assinatura das ordens de serviços para a revitalização dos terreiros de candomblé, na tarde desta quinta-feira (15), o presidente da Associação Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu (Acbantu), Raimundo Nonato, acusou o governo Wagner de praticar racismo institucional. Representante dos povos de santo em Salvador, Nonato disse ser inadmissível o estado “mais negro do Brasil” sofrer com preconceito.

“Isso é uma vergonha. Somos 80% de negros e temos que passar por constrangimentos aqui. Foi muito difícil conseguir estes recursos, pois somos do candomblé. Um estado como o nosso, utilizar de intolerância religiosa é complicado”, reforçou.

Em resposta, o governador Jaques Wagner disse que sempre fez o possível e não é um agradecimento realizar ações para os povos de matrizes africanas e sim a obrigação dele. Porém ressaltou que o seu governo foi o que mais deu abertura às comunidades e pediu a cobrança ao outro governo que o suceder.

A Bahia é o primeiro estado a repassar recursos para a revitalização de templos de matrizes africanas. O governador Jaques Wagner assinou as ordens de serviço na tarde desta quinta feira (15). Os recursos de R$ 4 milhões repassados diretamente para a Associação Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu (Acbantu) e a Associação Brasileira de Preservação da Cultura Afro Amerindia (Afa). Serão ao todo 64 terreiros reformados em Salvador, Cachoeira e Maragojipe.
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