O comércio de carne em feiras livres é comum em pequenas cidades, contudo as precárias condições de higiene durante a comercialização põem em risco à saúde da população. Quando se trata de alimentação, cuidados com a higiene e a inspeção sanitária dos alimentos pelos órgãos competentes são imprescindíveis. Mas, em Condeúba, parece não ter qualquer lei. Leitores do JFC flagraram na última quinta-feira, 06, um porco, pendurado em plena praça pública, recebendo os últimos tratamentos para ser comercializado na feita desta Sexta, 07.
Os problemas vão além e colocam a população em estado de vulnerabilidade e a sua saúde em um risco eminente. As carnes são armazenadas sem qualquer tipo de refrigeração indo contra as normas da ANVISA que determina os parâmetros mínimos para este tipo de comércio.
Os comerciantes foram realocados em estandes provisórios em frente ao antigo Hospital Municipal enquanto o Mercado Municipal passa por reformas mas, não foi dada nenhuma condição digna para que as carnes sejam vendidas de forma segura e dentro das normas sanitárias.
Em partes, estes comerciantes acabam como vítimas também pois precisam abastecer a cidade, não podem parar as suas vendas mas, também não tem condições de investir em uma estrutura que contemple estas normas.
É de embrulhar o estômago visitar este local. Urubus dividem o espaço com compradores e vendedores, carnes são transportadas no fundo de caminhonetes em lonas ou caixas d'água de fibra. Não há nenhum tipo de fiscalização e, se há, fingem não ver o problema. Não há qualquer tipo de gestão neste segmento.
Para ficar ainda mais complicado, no fundo dos estandes está o antigo Hospital Municipal e na frente os sanitários públicos. Apesar disso, a grande maioria das pessoas desconhece os riscos ao adquirir alimentos de condições higiênico-sanitárias insatisfatórias, tampouco os vendedores têm noção dos riscos que estão expondo a população.
Tem que haver, urgente, um diálogo entre as repartições públicas responsáveis e os vendedores para que se chegue em uma solução. Estes comerciantes precisam ser instruídos e precisam do auxílio também destas repartições para conseguir melhorar estas condições. Tanto os que vendem, quanto os que compram acabam se portando por vítimas do problema.
Fonte: Jornal Folha de Condeúba (JFC)
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